terça-feira, 15 de março de 2011

As time goes by...

Meus amigos,

"Já perdoei erros imperdoáveis, tentei substituir pessoas insubstituíveis e esquecer pessoas inesquecíveis!!! Já fiz coisas por impulso, já me decepcionei com pessoas quando nunca pensei me decepcionar, mas também decepcionei alguém. Já abracei para proteger, já dei tudo por alguém, já dei mais do que podia e devia, fiz amigos eternos, amei e fui amado, mas também já fui rejeitado, fui amado e não amei... Já gritei e pulei de felicidade, já vivi de amor e fiz juras eternas, já "bati com a cabeça" muitas vezes! Já chorei a ouvir musica e a ver fotos, já liguei só para ouvir uma voz,..já pensei que fosse morrer de saudades e tive medo de perder alguém especial. Já perdi quem não me merecia, já perdi quem me merecia....Já chorei muito por alguém, mas também já fiz chorar. Já sufoquei de saudade, já achei que fosse morrer por alguém, já quis morrer por alguém...Não morri, estou vivo e aprendi com isso e, acima de tudo, aprendi que : O TEMPO CURA TUDO!!!!".

Acima de tudo, "acredito que nada do que é importante se perde verdadeiramente. Apenas nos iludimos, julgando ser donos das coisas, dos instantes e dos outros. Comigo caminham todos os mortos que amei, todos os amigos que se afastaram, todos os dias felizes que se apagaram. Não perdi nada, apenas a ilusão de que tudo podia ser meu para sempre...".

Estes dois textos que já publiquei em tempos no meu fotolog, ajudam a descrever o meu estado de espírito e comum a alguns dos elementos do nosso grupo de amigos, porque julgo que vivemos, efectivamente, tempos de mudança, de clarificação de cenários e de remates finais de uma vida a definir-se, de forma decisiva. Passo a explicar.

Com 26/27/28 ou mais ou menos de idade, a vida caminha rapidamente para aquilo que será durante os próximos anos largos da nossa vida, as relações consolidam-se, os amores encaixam-se e tornamo-nos, de facto, maduros (uns mais como outros, claro, como em tudo na vida).
Por esta razão, os finais de relação custam mais e doem mais, representam, de facto, verdadeiras mortes, porque pedaços de nós ficam pelo caminho e começa a escassear o tempo para brincadeiras ou perdas de tempo. Começam a parecer, por vezes, desadequadas, as piratarias a que sempre habituámos todos os que conosco se iam cruzando, inapropriadas certas formas de estar, certos ritmos e estilos de vida; começam a apetecer, generalizadamente, outro tipo de coisas e de interesses - é normal e óptimo sinal.

Associada a esta ordem de razões, temos a triagem que vai sendo feita às pessoas que vão passando na nossa vida, muitos já ficaram pelo caminho e muitos ficarão ainda, numa selecção natural das pessoas que realmente importam, importaram e acrescentaram algo de novo ao "famoso" Grupo. Essencialmente, julgo que ficarão as que realmente compreendem a essência da nossa união, que se cruzaram conosco porque representamos algo maior que nós, mas que ao mesmo tempo, a soma do que cada elemento dá ao grupo é valorizada, numa simbiose perfeita de geral e individual, sabendo perceber o que cada um é e não é e o que, essencialmente, somos e não somos juntos.

Com tudo isto, não significa que estamos tão maduros ao ponto de nos irmos enfiar todos em casa, continuamente, a ver filmes, a passear no Guincho ao Domingo, a combinar férias em casas separadas (e sem a clássica selva de 15 pessoas a dormir no chão); faremos também isto, mas não só! Mais festivais virão, mais Carnavais, jantares, noites perdidas e loucuras acumuladas, churrascos, almoços e dias infindáveis de praia e tantos mais milhões de etc.
Penso que, uma ideia que ressalta hoje em dia é que o grupo está bem definido e já sabemos quem vai, ao quê e cada um sabe o lugar que ocupa neste grande grupo (meninas incluídas, claro). Aliado a isso, cada um tem já a noção aquilo que cada elemento é capaz de dar, para o mal e, acima de tudo, para o bem. Sem qualquer dúvida, continuamos unidos, numa união cada vez mais invisível, mas que se manifesta quando menos esperamos e quando mais é precisa e isso, inegavelmente, é o sinal mais evidente que continuamos a caminhar juntos e que o que cada um sente, é sentido pelos restantes, seja porque passam pelo mesmo ou simplesmente porque entendem e querem, em conjunto, superar mais essa fase juntos.

Não é, de todo, uma fase necessariamente má, porque as fases como esta, de mudança - mudança de estado, de casa, de namorada, de emprego, de sítio -, só significam que estamos neste Mundo para dele levar um pedaço e não vivemos conformados ao mediano e metemos as mãos na massa. If you haven't tried, you haven't lived, por isso, a tentativa é tudo e apenas temos de assegurar que demos tudo, fomos bem fundo, para seguirmos em frente com a consciência tranquila e serenos que somos realmente bons míúdos e grandes homens. Homens que continuam a partilhar cada momento juntos, com o que cada um leva para esse momento, com uma alegria incontível e indisfarçavel, sinónimo que gostamos mesmo daquele amigo, precisamos mesmo daquelas palavras de apoio ou simplesmente precisamos apenas que ele venha conosco apenas porque lhe pedimos para vir.

Por tudo isto, a expressão "estamos juntos" continua, felizmente, a fazer todo o sentido e venham mais fases más! Mas venham também as boas, porque a vida é boa demais para ser perdida nestas pedras que se vão atravessando no nosso caminho. Como dizia o outro, guardamo-las todas e construímos um castelo, de preferência para, entre as ameias, alvejarmos novos alvos e novas conquistas :)

Beijinhos e abraços a todos e até breve, como sempre.

Roger